Chocolate.
Ao redor da boca, no queixo.
Aquela bacia inteira mergulhada nos bracinhos gorduchos.
Simples, chocolate. Doce e amargo, na ponta do nariz.
Sorria sozinha com o gosto na língua, Chocolate.
Segurava o chocolate como quem sente cada detalhe da textura da vontade antes de abocanha-la.
Chocolate, escorregava entre os dedos.
Sem nunca deixar cair uma gota de volta na bacia, a criança precisava possuir tudo aquilo dentro da boca, se nao, que fosse na pele. Ah sim, poderia saborear... pela pele!
O momento parecia ter mais gosto que o cacau.
O corpinho debruçado sobre a tigela no chão sabia agarrar o tempo, degustar... que besteira. Esqueça o sorriso, a textura da vontade, as gotas, a pele, o tempo, o gosto... Era só uma criança com chocolate nos dedos e lombriga na barriga.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário