A campainha sempre toca, ao abrir a porta fui surpreendida por sorriso e olhar cativantes. Não precisou falar. Eu já entendi. As malas, vazias de matéria e cheias de lembrança, estavam prontas. Coloquei o pé para fora, sentindo a certeza. Era hora.
Deixei tudo como estava: o compasso três por quatro ainda alimentando os salões, as partituras incompletas ainda sobre a escrivaninha, o vestido escolhido para a noite aguardava em cima da cama, o banquete servido, a batuta aguardava o toque... As máscaras. Todas. Todas ficaram. Estava preparada.
Parti. Deixei os portões abertos, abertos para a minha memória poder voltar.
Retribui o sorriso mais puro. Olhei para cada um deles e finalmente dei o passo. Com a cabeça voltada para frente, seguimos. Seguimos para a verdade. Fomos para ela rindo, dançando, cantando, levando a Alegria para quem mais a quisesse.
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