quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Os dedos

Eu tenho sede.
Sede de idéias, sede de palavras.
Elas gostavam de escorregar pela caneta. No entanto agora brigam para ver quem vai ser a próxima a se estatelar no papel.
Acho que isso é normal, ou ao menos espero que seja.
Talvez alguém tenha percebido. Estou cansada, não sei do que, mas estou. Luto para não escrever essas palavras, mas parece que elas são as únicas que não deixam a tinta apagar, são as únicas que tem certeza de que querem se prender no meio das linhas, são as únicas que querem manchar meus dedos. São as únicas palavras que eu tenho para escrever. É monótono, mas vai passar
.

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