Centenas de anos se passam, mas ele continua lá, esquecido, largado, ninguém o vê, ninguém o toca.
No fundo do oceano, tudo escuro, tudo frio, parado. Já fora uma peça bonita, pessoas o cobiçaram. Era tão importante, agora era um simples nada.
Consigo imaginar a realeza tocando o tesouro, os reis com as taças de prata e as rainhas com jóias e coroas reluzindo, as princesas bailando com seus príncipes encantados e vestidos bordados com fios de ouro puro.
E agora, largado em companhia das cracas.
Talvez tenha que esperar eternamente até que sinta o calor humano novamente.
Como será que deve ser? Ver os anos passarem lentamente sem poder fazer nada, sem sentir na pele o sol, nem sequer a chuva. Ninguém lembra mais seu nome, já virou lenda.
E como seria se finalmente, depois de todas essas centenas, depois de já ter se entregado à escuridão, depois de já ter se acostumado a estar sozinho, de repente visse uma mão estendida pronta para alisar suas faces novamente? Sentiria medo? Ser levado novamente para a superfície e ver que tudo está mudado, que nada é igual a antes, que sonhara tanto com seu retorno em vão.
Não, essa idéia não me agrada. Prefiro um tesouro abandonado no meio do oceano para sempre, condenado a passar os séculos olhando para o imenso azul sem fim.
No fundo do oceano, tudo escuro, tudo frio, parado. Já fora uma peça bonita, pessoas o cobiçaram. Era tão importante, agora era um simples nada.
Consigo imaginar a realeza tocando o tesouro, os reis com as taças de prata e as rainhas com jóias e coroas reluzindo, as princesas bailando com seus príncipes encantados e vestidos bordados com fios de ouro puro.
E agora, largado em companhia das cracas.
Talvez tenha que esperar eternamente até que sinta o calor humano novamente.
Como será que deve ser? Ver os anos passarem lentamente sem poder fazer nada, sem sentir na pele o sol, nem sequer a chuva. Ninguém lembra mais seu nome, já virou lenda.
E como seria se finalmente, depois de todas essas centenas, depois de já ter se entregado à escuridão, depois de já ter se acostumado a estar sozinho, de repente visse uma mão estendida pronta para alisar suas faces novamente? Sentiria medo? Ser levado novamente para a superfície e ver que tudo está mudado, que nada é igual a antes, que sonhara tanto com seu retorno em vão.
Não, essa idéia não me agrada. Prefiro um tesouro abandonado no meio do oceano para sempre, condenado a passar os séculos olhando para o imenso azul sem fim.
2 comentários:
Nossa Lou... ultimamente você está num espírito tão cruzamento de Jack Sparrow com alguma coisa... que medo...
Desculpa... não sei... eu li o texto mas não tenho palavras para dizer algo... Gostei bastante.
Lembrei da rose, do Titanic jogando o coração dela no mar.
Não vá fazer o mesmo com o seu :)
Beijoca
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